domingo, fevereiro 12, 2006

2002.08.06, Pela Toscânia

Chatwin dizia que a Toscânia era um sítio de escrever. Aqui, saía-lhe.

Sem arrogância, percebo. É que o silêncio parece nunca desistir dos campos toscanos.

E o tempo não é sôfrego. Antes escolhe as piazzas para com os velhos dividir o sol das cinco.

Na verdade, eu nunca acordei na Toscânia. Ou lá li um livro. Eu passei pela Toscânia. Entrei na remota Barberino, fui emboscado por San Gimigniano e caminhei pela tão-demandada Siena. Mas, comigo por ali, o sol nunca se pôs.

Nem precisava. A Toscânia deu em seis horas o que eu imaginava receber. De novo, trouxe apenas uma ideia: este é um sítio de uma semana.

Só não se entende a mania dos ciprestes. Não se juntam em bosques, não fazem sombra e marcam encontros em cemitérios. Qual é a graça?

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