terça-feira, fevereiro 28, 2006

2002.12.29, Vale dos Reis

Bendito foguete que rebentava às 5 da manhã. Era sinal que o autopluma do Grupo Excursionista “Os Bagacinhos” finalmente saíra à conquista de Fátima ou de Badajoz. Afastavam-se os tachos a roçar dentro dos sacos de palhinha. Acabavam-se as estaladas no ouvido de um puto mais irrequieto. E quem morava junto à Tasca do Saraiva podia voltar a adormecer.

Já bem longe dessa adolescência, era agora a mim que o asfalto levava. Estava em excursão. E chegara a uma pedreira árida que falhou em me impressionar: o Vale dos Reis.

Via-se o primeiro túmulo. Esse seria um plano decente. E deixaria de se achar este Vale dos Reis como um tépido déjà-vu de caves descoloradas e gente demasiado expressiva. Já fora o destino dos deuses. Agora, era Turismo.

Valeu-me o bom Ahmed Ahmed, o escultor de alabastro. Pouco mais tinha que a esperança de melhores manhãs. Mas era genuíno.

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