Sete (Okavango, 2003.04.25)
No Norte da Escócia, um velho pescador rematara respeitosamente o nome de Eusébio quando falei do meu país; Rui Costa, il principino, era repetido com lágrimas nos olhos quando em Florença descobriam a minha nacionalidade; e, até num souk de Aswan, o futebol escancarara um sorriso desdentado: “Manuel José da Silva, manager of Al Ahly, the Great”.
Mas já um rotundo “Luís Figo!”, o nosso número sete, era disparo certeiro por todo o globo. Como se fosse um apelido do nome próprio Portugal. Na realidade, de tão frequente, a contra-resposta tornava-se esperada.
A surpresa viria de uma remota aldeia de palhotas perdida nos fundos do Botswana. Era uma terra sem electricidade ou água potável, talvez até sem nome. Mas tinha por lá o Sete.
Talvez até nem sentissem a falta da luz. É que havia um Sete a brilhar e um outro Sete sempre disposto a ajudar.

A surpresa viria de uma remota aldeia de palhotas perdida nos fundos do Botswana. Era uma terra sem electricidade ou água potável, talvez até sem nome. Mas tinha por lá o Sete.
Talvez até nem sentissem a falta da luz. É que havia um Sete a brilhar e um outro Sete sempre disposto a ajudar.

1 Comments:
Estou á espera da tua viagem do sul de França.Ando viciado nos teus relatos por esse mundo fora.Gostava de poder ver artigos de New York e da Islândia. Bjs e abraços do teu cunhado.
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