quinta-feira, novembro 29, 2007

Um naco na pedra

O António Gonçalves era de méritos reconhecidos na mesa de rámi e como narrador testemunhal nalgumas das maiores pancadarias em jogos do Vitória fora da Picheleira. Estranhei por isso a saída para o campo literário-tecnológico:

- Vi o teu blogue, pá. Tens viajado muito.


Para quem tem um blogue cuja principal característica é estar em banho-maria, foi bom de ouvir. Fez-me lembrar de horas a escrever sobre sítios e situações. Revi rapidamente na minha cabeça alguns dos textos e enquanto…


- Mas quando é comes o naco na pedra?

Pronto, já faltava. Há 13 meses decidira-me a escrever um texto sobre uma refeição em plena Grote Markt de Antuérpia. Havia coisas a escrever. Mas, entretanto, à falta de tempo e inspiração, ficou só o título.


Desde en- tão, foi ali que o Gon- çalves me desejou uns Felizes Natais de 2007 e 2008, que o Je fez este ano o mesmo e que, por fim, o companheiro Waick Bannon me deixou um abraço de Bom 2009.


Custa-me, por isso, ter que levantar os pratos. Mas era quase uma injustiça histórica deixar a mesa mais tempo assim. Antes que cheire mal, siga então para raspagem.


Texto escrito a 31 de Dezembro de 2008. Muito a tempo, portanto.